Adolescência no Seu Pior











{Outubro 18, 2007}   Ups…

Quebrou. Aquilo que tão cuidadosamente prendi na corda de estender a roupa com apenas duas molas simples e de cores extravagantes caíra e desfizera-se. Não sei bem o que provocou aquela queda repentina… Se foi uma rajada de vento que fez balançar aquele sentimento tão frágil ou se a tua maneira de ser que o devastou completamente deixando-o sem vontade de viver longe de ti. Só sei que aquela preciosidade está agora em cacos à minha frente e nada posso fazer para além de limpar as lágrimas que correm. Talvez não seja razão para tanto mas é o que me apetece fazer. Procuro curar as feridas, colar os cacos… Ouço o telemóvel tocar vezes sem conta pensando que és tu. Porque haverias tu de me ligar? A mim? Quando podes ter mil melhores espalhadas por este Mundo e o outro… Sítios, talvez, onde as pessoas não tenham um coração que se possa partir… Ou talvez onde as molas que o prendem àquela simples corda são mais resistentes que as minhas… Não sei se esse Mundo existe nem estou muito interessada… A minha única preocupação neste momento é colar com cor o que passou a ser cinzento, juntar ao que dói aquilo que o alimenta, ganhar coragem e falar contigo… Finalmente dizer-te o que realmente és para mim, o que talvez nem eu sei explicar. Perguntar-te só mais uma vez… Exigir saber uma resposta só desta vez! O porquê do teu gosto por me ver chorar, por me ver sofrer… Vou deixar de falar, vou aproveitar este tempo precioso e colorir o que nunca devia ser quebrado… Vou continuar a ser eu para continuar a ver tu. Vou deixar o coração de repouso na ânsia de evitar que ele volte a cair neste chão sem fim que o sugará até que toda a sua alegre cor de fogo se resuma a um triste preto sem lembranças do passado nem esperanças no futuro…



et cetera